terça-feira, 22 de junho de 2010

KAKÁ NEGA DORES E RECLAMA DE PERCEGUIÇÃO RELIGIOSA

 Crédito da imagem: Reprodução
Kaká negou dores no púbis e atacou o que considera perseguição religiosa.
Dois dias depois da vitória do Brasil por 3 a 1 sobre a Costa do Marfim, no último domingo, e de sua expulsão no fim do jogo que o afastará do compromisso diante de Portugal, o meia Kaká assegurou em entrevista coletiva nesta sexta-feira que não está mais sentindo dores no púbis. E que não se preocupa com os dias a mais que terá de ficar parado por conta da suspensão automática.


“A minha recuperação vem sendo muito boa, e o principal é na forma física ativa, dentro de campo. Já consegui fazer algumas jogadas mais rápidas nesse último jogo. São sete dias que eu tenho para me preparar, e acho que isso não vai atrapalhar”, afirmou o jogador do Real Madrid nesta terça-feira. “Eu sinto dores, mas não na região do púbis. Sinto dores como todos os atletas sentem depois dos jogos, mas isso não me atrapalha em nada.”

Questionado sobre a interrupção de seu recondicionamento dentro de campo, ganhando maior ritmo de jogo com a sequência das partidas, Kaká também fez questão de demonstrar sua confiança. Ele vê até um lado positivo com sua ausência na partida contra os portugueses. “Atrapalha um pouco essa evolução que eu vinha tendo. Mas tem um lado positivo: posso ter uma semana para fazer um trabalho de fortalecimento muscular para melhorar a forma física e pronto para jogar as oitavas de final”, diz.
O jogador mais importante da seleção brasileira admitiu que esteve longe de seu melhor nível dos amistosos contra Zimbábue e Tanzânia e na estreia no Mundial diante da Coreia do Norte, mas detectou uma nítida evolução no duelo com os marfinenses. “Eu fui evoluindo nos treinos, e nos amistosos e realmente eu não estava tão à vontade. No primeiro jogo, ainda tinha um pouco de receio, mas contra a Costa do Marfim já fiz muitas coisas que já estou acostumado. É um alívio. Agradeço a todos que me ajudaram na recuperação.”

Após uma temporada difícil, marcada por lesões, e pela preocupação neste início de Copa do Mundo, Kaká admite que a cobrança em relação ao seu futebol aumentou. Mas garante estar preparado para lidar com ela. “Eu passei por muitas dificuldades físicas ao longo da temporada. Eu sempre procurei ter uma vida de atleta, bem regrada. Isso é o que mais me incomodava, de não conseguir atingir o auge da minha forma física”, afirma. “Em relação à cobrança, isso é normal. Não foi por acaso que eu cheguei onde cheguei e aprendi a conviver com essa cobrança.”

O momento de maior contundência durante a entrevista coletiva ficou reservado para uma resposta de Kaká ao repórter André Kfouri, da ESPN Brasil, que questionou o jogador a respeito das dores no púbis. Depois de afirmar que não havia motivo para grandes preocupações, o meia-atacante aproveitou para responder ao jornalista Juca Kfouri, comentarista dos canais ESPN, que escreveu em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo que a lesão pubiana é mais grave do que se esperava inicialmente.


“O problema do Juca Kfouri em relação a mim já vem de algum tempo. Ele resolveu voltar seus canhões contra mim”, atacou Kaká, não poupando o jornalista, que não estava presente na coletiva. “O problema é que ele não aceita essa minha fé em Jesus Cristo. Da mesma maneira que eu o respeito como um ateu, peço que ele me respeite como alguém que crê em Jesus Cristo.”

Em coluna publicada na Folha, Juca escreve que Kaká “está sofrendo para jogar esta Copa do Mundo e pode, como Guga, até encerrar sua bela trajetória no futebol muito mais rapidamente do que gostaria”. Diz o texto: “O mesmo problema que o maior tenista brasileiro de todos os tempos enfrentou no quadril Kaká enfrenta no púbis, segundo confidências de médico para médico que chegaram ao conhecimento da coluna horas antes de o Brasil enfrentar a Costa do Marfim”.

Evangélico, Kaká é muito ligado à Igreja Renascer em Cristo, fundada pela bispa Sônia Haddad Moraes Hernandez e por seu marido, Estevam Hernandez Filho, e nunca escondeu sua opção religiosa nem a amizade com o casal. Sônia e Estevam foram presos em 2007, nos Estados Unidos, acusados de contrabando, conspiração e falso testemunho. Ficaram detidos por dez dias e, então, passaram a cumprir prisão domiciliar.
O casal fundador da Renascer foi condenado a dez meses de detenção (cinco meses na cadeia e outros cinco em prisão domiciliar) pelo Tribunal do Sul da Flórida. Os dois já deixaram a prisão, mas estão impedidos de deixar os Estados Unidos até a conclusão final do processo.




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