quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MAS, COM JESUS , HAVEMOS DE SOBREVIVER A QUALQUER DECEPCÃO



Porque nos decepcionamos com uma pessoa, com um acontecimento, com uma situação, com a vida? A decepção é um sentimento tão frustante, talvez seja das sensações que mais  nos  entristeça, nos impede de continuar, bloqueia.

Será que criamos expectativas altas demais? Ou será que as expectativas eram normais, próprias e adequadas, mas a decepção teimosamente nos bate à porta?

Será um problema de ansiedade, de querermos que tanto se realize, que tanto aconteça? Será que somos exigentes demais, e exigimos dos outros, coisas que nem nós próprios sabemos fazer?

Será que uns são mais atreitos a decepções que outros? Será que uns, nem percebem a decepção não lhe dando a importância que outros lhe dão? Será que as decepções só acontecem aos emotivos? Aos frágeis? Aos corajosos? Aos exagerados? Aos idiotas? 

E acordar depois de uma decepção? 

Acordar para a Vida, acordar para o Dia, pôr os pés fora da cama, levantar o corpo, calçar qualquer coisa para começar a pisar o chão, a terra, olharmo-nos no espelho, olhar uns olhos decepcionados,….

E depois, muitas vezes voltar ao mesmo local, ver a mesma pessoa, ter de falar com essa pessoa, voltar e reencontar o mesmo ambiente, o mesmo cenário ... 
Reagir…. Como se faz para reagir? Reagir é voltar a agir! Para voltar a agir, é preciso ter vontade de agir.

E o mundo que nos rodeia, exigente, que não tolera a insatisfação, não tolera tristezas, que como uma criança mimada, quer-nos Lindos, Contentes, Sorrizinhos, Arranjados, Elegantes, Perfeitos, e todos nos pedem, “Vá reage, faz qualquer coisa, tens de melhorar! Lá estás tu com o teu péssimismo!…”. 

 E para terminar dizem a frase: “Não percebo, porque ficas assim, não é caso para isso!”.  E nós, envolvidos num manto negro de tristeza, de amargos na boca, de nós no estomâgo, de dedos das mãos frios, de joelhos ligeiramente a quebrar, ficamos perplexos a olhar para aquela gente que nos diz “Que não é nada!”. Não é nada???! Mas não percebem, que para nós É TUDO! 

Que houve um desmoronamento de terra, por cima da nossa boca, que houve uma inundação de líquidos salgados, que nos deixou molhados de suores frios, que o nosso coração saltou, mexeu-se, 

como se de um sismo se tratasse e nos deixou com o coração acelerado, taquicárdia, que houve um corte a meio aos nossos pulmões, e os pôs a trabalhar em limites mínimos, que sentimos o sangue a parar nas veias e que fomos invadidos por um vento frio e quente, que levantou todas as areias no ar que  nos sufocam e nos cegam?

Pois, não vêem isto? Faltam as lágrimas? Ah, as lágrimas, que comovem os outros….. Mas olhem, os decepcionados não choram por fora, choram por dentro! 

Choram, choram, choram, até ficar secos, como o solo do deserto, seco, ressequido, morto…. 


Deixem-nos enterrar uma decepção, como se de um corpo morto se tratasse, deixem-nos enviuvar, chorar aquilo que nunca acontecerá, que nunca iremos possuir, deixem-nos cair no chão (não nos levantem, por favor!), de pernas e braços abertos deixem-nos gritar apenas por Jesus o único que jamais nos decepcionará.

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