
Não dá para dizer que certas aparições de políticos em eventos ou igrejas evangélicas não têm um cheirinho de oportunismo. Não sou contra a ida deles em eventos ou igrejas cristãs. Mas poderiam evitar o constrangimento de tentar falar ou ser ou que não sabem nem são. Poderiam ficar, como se diz, na deles e falar do que realmente querem do povo ali, e pronto. Ficar fazendo média, forçando uma piedade chega a ser piegas.
O candidato tucano à presidência da república submeteu-se a esse embaraço ao participar da Expocristã, uma feira de produtos voltados para o público evangélico. Cercado de crentes, o candidato cantou a música “Vai dar tudo certo” e disse: “Os valores de Cristo são os meus valores. Não sou cristão de boca de urna para agradar eleitor, conquistar votos e no dia seguinte esquecer o assunto. Pratico o Cristianismo na minha vida pessoal e política”.
Se é verdade ou não, é difícil saber. Mas que parece oportunismo parece. Quero ver se daqui a algum tempo, vencendo ou perdendo as eleições, o candidato será tão piedoso assim. O mesmo vale para os outros candidatos que aproveitam as eleições para afirmar seus “valores cristãos” e, depois, negam veementemente qualquer relação com algum tipo de fé particular.
Pena que este tipo de bajulação seja tão apreciada por muitos evangélicos. Mas se a gente colocar o bom senso em ação vai dar tudo certo.
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