Empenho intransigente em nome da dignidade e independência da Assembléia Legislativa. Isso foi o que prometeu o deputado Ricardo Mota-PMN, logo após assumir nesta terça-feira à noite a presidência do poder Legislativo do Rio Grande do Norte, eleito minutos antes pela unanimidade dos 24 deputados empossados ontem para o biênio 2011-2012.
Ele disse que atendeu à convocação que lhe foi feita e se lançou ao julgamento dos seus pares, como um desafio ao qual responde com um repto: superar-se no esforço mais tenaz para corresponder às expectativas dos colegas, tendo por norte a consolidação de conquistas, que, nos últimos anos, levaram a Assembléia a patamar de influência e importância único em sua mais que centenária história.
“posso eu mesmo dar testemunho da radical mudança operada nesta Casa, pois quando pela primeira vez aqui cheguei o Legislativo se debatia em crônica dependência, mutilado em sua autonomia constitucional por absoluta falta de recursos materiais, e, mais grave, pela dificuldade histórica de desvencilhar-se de amarras políticas que faziam dele mero caudatário de opções, ações e decisões governamentais”.
O presidente empossado disse ainda que o processo de afirmação política e autonomia se concretizou nos últimos oito anos, com a liderança do então presidente, o hoje vice-governadora Robinson Faria, “a quem prestou a homenagem da Assembleia, como primeira manifestação de seu novo presidente. Além de expressar a Robinson minha gratidão pessoal pela confianças e o apoio recebidos, asseguro que os êxitos de sua administração serão consolidados, pois os passos dados para elevar a nossa Assembleia no respeito de nossos conterrâneos não terão recuo”.
Ele destacou que a missão constitucional não se limita à insigne tarefa de legislar e fiscalizar, pois o Parlamento moderno tem de estar presente em todas e em cada uma das opções administrativas, como participante, em pé de igualdade com os demais setores da administração pública, de todo o processo de desenvolvimento.
“O governo do Estado – continuou o novo presidente – contará com a Assembleia como vigilante fiscal, para estimular acertos e advertir sobre eventuais equívocos. Nossa relação será de independência, mas de trabalho harmônico para o bem do rio grande do Norte. A compreensão dessa nossa ação tenho plena convicção, contará com o incentivo da governadora Rosalba Ciarlini, a quem manifesto minha confiança de que, com espírito democrático, haverá de unir os esforços do Poder Executivo ao nosso trabalho, para juntos servirmos bem e melhor ao nosso povo”.
Ao final do seu discurso de posse, Ricardo Mota fez uma referência pessoal: “Vossas excelências me entregam a cadeira que outrora já foi ocupada por meu pai, Clóvis Mota, cuja memória honrada, se Deus permitir, espero continuar dignificando. Ele foi Presidente de 1966 a 1970, como vice-governadora. Também foi deputado estadual e seu nome foi dado a este plenário: sua dedicação à causa pública seja minha força”.
Logo após a posse de Ricardo, foi feita a eleição para os outros cargos da Mesa Diretora. Com 21 votos, Gustavo Carvalho – PSB foi eleito Primeiro Vice-Presidente. O posto de Segundo Vice-presidente ficou com Leonardo Nogueira – DEM, que obteve 22 votos. Poti Júnior – PMDB foi eleito Primeiro Secretário com 21 votos. Na Segunda Secretaria ficou Raimundo Fernandes, com 23 votos. O Terceiro Secretário eleito foi Vivaldo Costa – PR com 21 votos. Para o posto de Quarto Secretário vai haver um segundo turno no próximo dia 16, entre Nélter Queiroz – PMDB, que obteve 12 votos e Fábio Dantas – PHS que somou 11 votos. Pelo Regimento, era preciso que um dos candidatos obtivesse 13 votos. Como isso não aconteceu vai haver segundo turno.
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