sexta-feira, 20 de maio de 2011

ALRN QUER COMISSÃO QUER COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE

A Assembleia Legislativa realizou nesta sexta-feira, 20, audiência pública sobre a instalação da Comissão Nacional da Verdade. O auditório ficou lotado para ouvir da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, como vai funciona a proposta de resgate a memória do que aconteceu durante a ditadura.

Durante a audiência o ministro da Previdência Garibaldi Alves Filho afirmou que todos os políticos do Estado são favoráveis a Comissão da Verdade. “Sei que a Assembleia não vai fugir do seu papel e vai integrar essa luta em direito a memória. Em favor do direito de conhecer a historia, que é negra e um passado que queríamos esquecer, mas que não podemos sob pena de deixarmos para trás uma pagina da historia do. Tenho certeza que essa casa vai se transformar numa trincheira dessa comissão”.

A deputada federal, Fátima Bezerra (PT/RN), lembrou que a Lei da Anistia completa 32 anos. “Muitas vidas tombaram para que nós conseguíssemos a democracia. E tenho orgulho de dizer que o Rio Grande do Norte tem seus heróis nesta luta como Luiz Maranhão, Floriano Bezerra, Rubens Lemos, entre outros”, afirmou Fátima Bezerra. A parlamentar defendeu pressa na aprovação de indenizações para famílias vítimas da ditadura.

O Ministério Público, representado pelo promotor Fernando Vasconcelos, defendeu a instalação da comissão. “O Estado brasileiro não pode deixar somente para cada torturado o dever de contar sua historia. O Brasil que pretende ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU tem um dever histórico com a verdade. As famílias sofrem até hoje, e vão sofrer sempre. Essa ferida jamais se apagará. Dê ao povo pelo menos o direito de saber o tormento que sofreu”, afirmou Fernando Vasconcelos.

Em uma cadeira do auditório, Mery Medeiros, ouvia atentamente. O presidente da Associação dos Anistiados Políticos foi preso durante a ditadura, e passou por cadeias em Natal, Recife (PE), e Fortaleza (CE). “Esse momento é da mais alta importância, sem qualquer sentimento de revanchismo. O valor da memória é importantíssimo, e até hoje choramos a perda de colegas”.

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